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04/08/17

Caminhar...


... sem perder de vista o norte...

Os sorrisos, as palmadinhas nas costas e os diálogos de circunstância, deram lugar ao silêncio. Um silêncio total.

Servir uma comunidade, é amá-la acima de tudo. É um entregar-se.

E o que é o serviço? É dar, sem esperar nada em troca. Dá-se por amor, e, com amor nada esperamos receber.

Estive na linha da frente, não por imposição minha, mas a convite. Dei o que tinha, e, bem vistas as coisas, mais do que eu realmente podia dar, mas dei de coração aberto, com alegria. 

No momento da tormenta, os primeiros a silenciarem-se, foi quem comigo serviu...

De lá longe, foram chegando os de fora, os que nunca serviram, nem lá perto andaram sequer. Cada um ofereceu o que tinha:

- de uns recebi conforto; 
- de outros recebi palavras de ânimo; 
- de outros ainda, recebi ajuda concreta! 

A minha pergunta: 

Quem realmente está de verdade, naquilo a que chamo o verdadeiro serviço?

Cuidado, não queiram fazer carreira no Serviço.


08/01/17

Para mim, também foi Natal...


Tempo de Natal, não é tempo de luzes a metro, nem de compras exageradas, muito menos de festas infindáveis... é sim, tempo de esperança, de alegria!

Começou o advento, e, sentia-me anestesiada. Nada que me surpreendesse, afinal foram meses de luta intensa. 

A tradição de montar a árvore de Natal, o presépio, foi tão mecanizada que não fui capaz de sentir um momento de alegria, a cada enfeite colocado, sentia apenas uma tradição, e, talvez pela 1 ª vez, não senti qualquer momento de alegria. 

O dia de férias previamente marcado para 23/12, parecia vir muito longe, e, só na véspera me dei conta da proximidade. Sentia o Natal, muito longe de mim... 

A cada instante, ecoavam no meu coração as palavras  do padre: "neste Natal, é-lhe pedido que viva o Calvário. Tal como N. Senhora, permaneça de pé junto à Cruz..."  - Aceitei as palavras do padre, como confirmação de tudo o que tenho vindo a experimentar, um verdadeiro calvário, no silêncio e na maioria das vezes numa dolorosa solidão. 

Na verdade; aceitando a minha condição com humildade, questionei Jesus no meu coração. Não porque me queira esgueirar da Cruz, porque apenas queira a alegria... mas porque sei que o Pai Celeste é fiel, disse então no meu coração: "Oh Cristo, não hei-de viver eu, o Natal?" 

22/12, pelas 21:00, recebi um telefonema... não queria acreditar... o meu coração exultava de alegria, inacreditável,,, sentei-me naquele imenso sofá, naquele imenso corredor de uma superfície comercial. Ouvi com alegria as vozes, que há tantos anos me faziam sofrer de saudade. Quando percebi que não queriam a minha presença, deixei de aparecer, de telefonar, de escrever... dei tempo! Não gosto de impor a minha presença, e, nunca perdi a noção do meu lugar. 

Se custa? Sim, muito! Nunca pela força, seremos amados, e amar, por vezes é deixar que percebam a nossa falta, Amar é respeitar a vontade do outro, sempre!

Deus é Fiel! Para mim, também foi Natal!